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Pesquisa da UNB com apoio de Leila do Vôlei cria solução para pé diabético

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Com lâminas de látex e luz LED, o equipamento ajuda na regeneração da pele e pode evitar amputações em milhares de pacientes.

Todos os anos, cerca de 50 mil brasileiros sofrem amputações causadas por feridas crônicas decorrentes do diabetes. Uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Brasília (UnB), com recursos destinados pela senadora Leila do Vôlei (PDT-DF) na fase regulatória, promete oferecer uma alternativa inovadora e acessível para acelerar a regeneração de tecidos e evitar amputações em pacientes com essas lesões.

Coordenado pela professora de Engenharia Biomédica Suélia Rodrigues, o Projeto Rapha desenvolve um equipamento que combina lâminas de látex — líquido branco extraído das seringueiras — com emissores de luz LED. Portátil e alimentado por bateria recarregável, o dispositivo não depende de energia elétrica constante e foi projetado para uso domiciliar. “O paciente aplica a lâmina de látex sobre a ferida e coloca o emissor de luz por 30 minutos. O curativo permanece no local durante todo o dia, promovendo regeneração tecidual sem comprometer a função do membro afetado”, detalha a pesquisadora.

Segundo ela, o projeto alia tecnologia, acessibilidade e sustentabilidade. O equipamento foi pensado para ser utilizado por qualquer pessoa, independentemente de escolaridade, tanto em hospitais quanto em residências. “Além disso, ele incentiva a economia nacional: utiliza componentes eletrônicos encontrados facilmente no Brasil e bioativos extraídos da seringueira brasileira, apoiando a agricultura familiar”, ressalta.

A senadora Leila do Vôlei destacou o orgulho em apoiar mais uma iniciativa de excelência da UnB. “O Projeto Rapha, que significa cura, é um exemplo de como investir em ciência e inovação pode verdadeiramente transformar vidas. E eu estou comprometida em continuar apoiando essa pesquisa até que ela seja definitivamente aprovada, chegue aos pacientes e seja disponibilizada pelo SUS”, afirmou.

O desenvolvimento do equipamento é resultado de mais de 15 anos de estudos, testes clínicos e aperfeiçoamentos contínuos. De acordo com a professora Suélia, sem o recurso parlamentar, o projeto teria enfrentado o chamado “Vale da Morte” — fase crítica em que muitas pesquisas promissoras são interrompidas por falta de financiamento. “A gente tem uma base científica relevante e estamos em uma etapa crucial. Agradeço profundamente à senadora e trago aqui a esperança que o povo brasileiro precisa, tornada possível por essa emenda parlamentar.”

O próximo passo será solicitar a incorporação do Rapha ao Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), após a conclusão do registro na Anvisa, que já está em fase de aprovação.

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