A Polícia Civil do Distrito Federal, por intermédio da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA/PCDF), desencadeou a Operação OZ para apurar crimes de maus-tratos praticados contra animais em um local denominado Casa Dorothy, situado na região do Tororó, no Distrito Federal.
A ação é resultado da instauração de inquérito policial a partir de denúncias que apontavam que o local, que se apresentava como um abrigo ou lar temporário pago, cobrava em média R$ 400,00 (quatrocentos reais) por animal para suposta estadia e cuidados. Após o pagamento, o responsável deixava de fornecer informações aos tutores, não enviava fotos, ocultava a localização do imóvel e proibia visitas.
O material encaminhado à DRCA continha imagens e vídeos que mostravam cães em condições degradantes: sem água, sem comida, enclausurados em meio a fezes e urina.
Na tarde da quarta-feira (9), policiais civis da DRCA compareceram à propriedade rural indicada na denúncia e constataram uma cena estarrecedora. O local, inabitado, continha três edificações: uma casa principal e duas menores. Antes mesmo da chegada da equipe, cães eram avistados circulando livremente, escapando por buracos no cercamento. Aproximadamente 10 animais estavam soltos.
Na primeira edificação menor, diversos cachorros encontravam-se em um ambiente repleto de fezes, sem qualquer acesso a água ou alimento. Em outra pequena casa, localizada atrás de um bambuzal, mais animais eram mantidos em confinamento, visivelmente debilitados, em um espaço insalubre e fétido, sem ventilação ou condições mínimas de higiene. Muitos estavam doentes e feridos. Diante da chegada da equipe, vários cães, em total desespero, tentaram escapar, forçando-se pelas grades das janelas.
Na casa principal, a situação era ainda mais grave. O forte odor denunciava o acúmulo de fezes e urina nos cômodos. Os animais estavam confinados em espaços minúsculos, sem ventilação, famintos, doentes e completamente imundos. Os policiais civis adquiriram ração no local e alimentaram os cães, sendo visível o desespero com que consumiam o alimento.
A PCDF tentou efetuar a prisão em flagrante do proprietário do local, mas ele não foi localizado em sua residência ou nos endereços informados por testemunhas. Após campana realizada no próprio abrigo, um homem ligado à administração do local foi preso em flagrante pelo crime de maus-tratos.
O responsável pela Casa Dorothy será indiciado pelo crime de maus-tratos contra os 58 cães resgatados. A pena prevista para cada crime é de reclusão de 2 a 5 anos.
Assessoria de Comunicação – Ascom/DGPC
PCDF, excelência na investigação