A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por intermédio da Delegacia Especial de Repressão aos Cimes Cibernéticos (DRCC), juntamente com as Polícias Civis do Piauí e da Bahia (PCPI e PCBA), deflagrou a Operação “Falsa Central”, voltada ao combate de crimes cibernéticos.
Na manhã desta sexta-feira (8), mais de 40 policiais civis deram cumprimento a 15 mandados judiciais, entre prisões temporárias e buscas e apreensões, deferidos judicialmente. Além das prisões e buscas, também foi determinado bloqueio judicial de nove contas bancárias vinculadas a investigados, com objetivo de garantir futuro ressarcimento das vítimas dos golpes. Foram apreendidos aparelhos celulares e cartões bancários utilizados nos crimes, notadamente cartões de banco cedidos por “laranjas” (pessoas que cedem ou emprestam suas contas para o grupo criminoso) que emprestavam suas contas para movimentações financeiras oriundas dos crimes.
A apurações indicam que o esquema de estelionato cibernético causou um prejuízo total de cerca de de R$ 90.000,00 (noventa mil reais), com a utilização de engenharia social na qual a vítima recebe ligação, simulando ser atendimento de segurança bancária e, mediante história-fantasia de movimentações suspeitas, convence a vítima a realizar transferências para contas que, na verdade, pertenciam a membros da organização ou a “laranjas”.
Até o início da manhã, sete pessoas foram presas. No DF, foram realizadas cinco prisões e cumpridos seis Mandados de Busca e Apreensão, todos ligados a vertente financeira do grupo criminoso. Levados à DRCC, a maior parte dos indiciados confessou os crimes praticados.
Por ora, os autores responderão pelos crimes de estelionato qualificado por meio eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas, se somadas, podem chegar a 21 anos de reclusão, podendo responder por penas ainda maiores a depender do desfecho investigativo. Pessoas que emprestam suas contas em troca de corretagem ilícita, responde criminalmente e , a depender da conduta, pode ser indiciado por todos os crimes acima destacados.
A Operação Falsa Central demonstra a efetividade da cooperação interestadual no enfrentamento qualificado aos crimes digitais.
A PCDF alerta a população sobre os riscos do ambiente cibernético, especialmente em abordagens de supostas centrais de segurança bancária, que se utilizam de ligações telefônicas para induzir vítimas a realizarem transferências financeiras.
Assessoria de Comunicação – Ascom/DGPC
PCDF, excelência na investigação