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Alunos do CEF 10 do Gama vivenciam o projeto Cine 10 – Secretaria de Estado de Educação

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Iniciativa transforma estudantes do 9º ano em roteiristas, diretores e atores

Por Jak Spies da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader

 

Entre roteiros, câmeras e claquetes, os estudantes do 9º ano do Centro de Ensino Fundamental 10 do Gama transformam o ambiente escolar em um set de filmagem. Criado há nove anos, o projeto Cine 10 reúne diversos curta-metragens feitos pelos alunos, responsáveis por dirigir, atuar, gravar, editar e também subir ao palco na “noite de gala” — a versão local do Oscar para eleger a melhor produção.

 

Com apoio de verbas parlamentares e parceria da Secretaria de Educação (SEEDF), o Cine 10 já rendeu histórias inspiradoras de ex-alunos que seguiram o caminho no audiovisual ou até abriram os próprios estúdios. O processo é dividido em etapas que duram dois bimestres, período em que os alunos estudam a história e aspectos técnicos do cinema.

 

No projeto, todas as etapas do curta-metragem – do roteiro à arte gráfica – ficam a cargo dos estudantes | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

 

A coordenação do projeto é dividida entre os professores Wellington Araújo (conhecido como Tom) e Allan Domingos, responsáveis por lecionar geografia e história, respectivamente. Tom destaca que o projeto busca a autonomia dos estudantes, tirando da zona de conforto e colocando até a comunidade em cena durante as gravações: “Todo mundo da escola participa, os alunos gravam em padarias, igrejas, lojas e até os pais viram atores. Eles criam o roteiro e colocam algo positivo nesse mundo de redes sociais”. O discente acentua que a proposta impacta no desenvolvimento dos estudantes: “Tem aluno que é calado durante a aula e, quando chega a hora de atuar, a gente nem reconhece”.

 

Além dos filmes, os estudantes confeccionam capas, cartazes e trailers. As narrativas passam pelos mais diversos gêneros cinematográficos, indo do terror à comédia. Mesmo com os temas sendo livres para as produções, o professor Allan ressalta que os assuntos debatidos em sala, como racismo, homofobia e violência de gênero, acabam aparecendo nos curtas.

 

 

Estamos construindo cidadania. Essas temáticas precisam ser discutidas para transformar a sociedade e o projeto contribui para isso. A criatividade precisa fazer parte da vida desses meninos, quando eles criam, afloram algo que nem eles sabiam que tinham. A proposta quebra o estereótipo de a escola ser algo chato e rígido, com matérias para decorar para o vestibular”.

Depoimento dos artistas

 

João Vitor Rodrigues escreveu e dirigiu o curta Caminhos Cruzados, que fala sobre a falta de incentivo ao esporte e o tráfico de drogas

 

O estudante João Vitor Rodrigues, de 15 anos, conta que o Cine 10 vai além do ensino das técnicas audiovisuais, desenvolvendo criatividade, cooperação e autoestima, além de impactar até mesmo nas escolhas profissionais. “Eu fiquei mais na parte da gravação e da edição e descobri que tenho muita habilidade com edição. É um caminho que quero seguir futuramente”, afirma.

 

O curta Caminhos Cruzados, dirigido pelo jovem, mistura basquete e drama social, discutindo falta de incentivo ao esporte e o risco de envolvimento de adolescentes com o tráfico. “A gente quer retratar com o nosso filme que, mesmo com tanta coisa ruim no mundo, a gente pode sim seguir firme com o que acreditamos ser certo, mesmo que seja difícil. A internet é o maior meio de acesso à informação, é muito legal as pessoas conseguirem ver esse alerta não só do meu trabalho, como o de todo mundo que está participando do projeto. É muito importante que os jovens tenham consciência de que o tráfico não é uma boa escolha”, observa o estudante.

 

Camilly Brito ressalta que desenvolveu aptidões que ela não sabia que tinha ao participar do projeto

 

Ele ressalta, ainda, que o Cine 10 proporcionou uma conexão com mais pessoas e também com ele mesmo. João Vitor conta que não só começou a trabalhar em equipe, mas aprendeu o valor da coletividade para ir mais longe: “É uma experiência individual e também em grupo, muita gente aprendeu com isso. Eu sempre fui muito fechado, sempre quis fazer as coisas sozinho e do meu jeito. Mas eu vi que um bom trabalho em equipe leva a algo muito mais bem feito”.

 

Para a estudante Camilly Brito, 14, o aprendizado também vai além do cinema: “Ajuda muito na criatividade e até pessoas tímidas podem soltar talentos que não têm durante as aulas. Eu fiz um pouco de tudo, edição, direção… Foi muito importante para mim porque eu desenvolvi áreas em que eu não sabia que era boa, como a edição”.

 

No filme de suspense e terror assinado por ela, o protagonista é perseguido por uma presença maligna. Mesmo querendo seguir carreira na área de direito, Camilly já pensa em manter o audiovisual como hobby. “É importante sair da zona de conforto e ter coisas que você se alegre em fazer. Os professores foram muito pacientes, sempre que a gente tinha alguma dúvida, eles ajudavam a gente nos ângulos, na edição, em tudo”, acrescenta a jovem.

 

12/08/2025 - Luz, câmera, ação! Alunos do CEF 10 do Gama vivem experiência de cinema no projeto Cine 10

 

 

 



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