A gestão estratégica é essencial para o sucesso das instituições públicas, privadas ou do terceiro setor, assim como a condução de riscos e o monitoramento de seus indicadores de desempenho – estes usados para mensurar o alcance dos objetivos definidos. No Governo do Distrito Federal, agora é regra: todas as secretarias, autarquias e fundações devem ter, e tornar públicos, os planos estratégicos institucionais (PEIs).
A iniciativa da Secretaria Executiva de Gestão da Estratégia (SGE) da Secretaria de Economia (Seec-DF) possibilitou, em um pouco mais de um ano, a uniformização, a elaboração e a validação de planos estratégicos de 40 órgãos do GDF.
“Os planos especificam a razão de ser dos órgãos, onde eles querem chegar e a contribuição para Brasília até 2026″
Ney Ferraz, secretário de Economia
“Os planos especificam a razão de ser dos órgãos, onde eles querem chegar e a contribuição para Brasília até 2026. Eles garantem que gestores e equipe técnica estejam comprometidos com os objetivos e as iniciativas que viabilizarão o alcance do patamar estabelecido”, reforça o secretário de Economia, Ney Ferraz.
O secretário-executivo de Gestão da Estratégia, Otávio Veríssimo, acrescenta: “Importante destacar que os PEIs nada mais são do que o desdobramento da estratégia governamental na prática. Cada órgão se voltou para missão, visão e valores tendo como referências o Plano Estratégico do Distrito Federal (PEDF) 2019-2060 revisado e o Plano de Governo 2023-2026”.
Agora, o Catálogo de PEIs, documento com 320 páginas, será publicado no site da Seec e, simultaneamente, cada órgão publicará o respectivo plano, dando transparência às ações governamentais. Outras 17 instituições também elaboraram registros semelhantes, mas não participaram do treinamento.
Arte: Divulgação/Seec-DF
Base legal
A elaboração dos planos estratégicos institucionais, além de ser um desdobramento do PEDF, atende ao Decreto nº 39.736, de 28 de março de 2019 – que dispõe sobre a política de governança pública e compliance no âmbito da administração local.
A Seec, responsável pela gestão estratégica do GDF, pôs à disposição toda a assessoria técnico-metodológica aos interessados no planejamento estratégico institucional. É o PEI que define metas e estratégias para que os serviços e produtos de responsabilidade do órgão alcancem o resultado pretendido.

Obras no Riacho Fundo: investimento é resultado de ações de planejamento | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
Por exemplo: o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do DF (Inas) tem como objetivo estratégico o aperfeiçoamento do modelo de gestão do GDF Saúde. Para mensurar se está na direção correta, ele vai monitorar, por exemplo, o indicador de cumprimento dos prazos de garantia de atendimento. Este, por sua vez, será viabilizado por uma iniciativa: a contratação de um novo modelo de apoio à gestão do plano.
“Por isso, a grande necessidade de comprometimento e a dedicação dos gestores junto às suas áreas, trabalhando em harmonia e focados em um mesmo propósito”, argumenta o subsecretário de Programas e Projetos Estratégicos, Adriano Leal.
Referencial
A assessoria técnico-metodológica para a elaboração dos PEIs ofertada pela Seec foi realizada por meio do Curso de Elaboração de Planejamento Estratégico Institucional, com apoio da Escola de Governo (Egov). Em alguns casos, com assessoria in loco nos órgãos, de forma exclusiva.
Tanto os cursos como a assessoria in loco ocorreram com cinco encontros presenciais. Esses encontros capacitaram os participantes na elaboração dos Planos Estratégicos Institucionais (PEIs), alinhando outros instrumentos de planejamento dos órgãos e definindo suas prioridades.

Projeto Atendimento em Movimento: canal direto com a população | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília
Nesses eventos foram abordados, por exemplo, temas como a elaboração do referencial estratégico: missão (a razão de ser do órgão), visão (o que o órgão quer ser) e valores (no que o órgão acredita).
Ainda foram definidos os objetivos estratégicos (os desafios organizacionais) e os indicadores de desempenho, que é a mensuração do alcance dos objetivos estratégicos. E, por fim, a especificação das iniciativas: o que tornará viável o alcance do indicador estabelecido.
As assessorias, in loco, tinham um encontro a mais, após a elaboração de todo esse referencial, que serviu para debater a análise de cenário do órgão, como pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças.
Agora, tanto os órgãos de controle (Controladoria Geral e Tribunal de Contas) como o cidadão terão condições de monitorar o cumprimento desses planos. A Seec está implementando novas funcionalidades no Sistema Gestão-DF para que cada órgão possa cadastrar e monitorar de forma eficiente e precisa seus projetos.
*Com informações da Seec