Na disputa pela OAB-DF, as campanhas de Paulo Maurício “Poli” e Cléber Lopes desafiam as regras com ações que beiram o desrespeito deliberado às normas eleitorais. Embora em chapas distintas, ambos os candidatos se veem unidos por uma conduta semelhante: a insistência em práticas questionáveis e a aparente normalização da ilegalidade, como se as regras fossem meras sugestões.
Vevé expressou sua indignação ao ser surpreendido por uma pesquisa falsa promovida por blogs que apoiam Poli, destacando que essa prática revela o desespero de uma campanha que, ao perceber a falta de aprovação, tenta iludir a advocacia com dados manipulados. “Não adianta mentir, essa arma de vocês para tentar enganar a advocacia não vai levá-los adiante. O que a advocacia quer é a verdade”, declarou Vevé, deixando claro que acredita na força do voto consciente para responder a essas manobras no dia 17 de novembro.
Além da questão das pesquisas, Poli tem recorrido a sondagens de intenção de voto sem qualquer respaldo de credibilidade para promover sua campanha, prática que em outras eleições já rendeu sanções. O exemplo da cassação de uma chapa no CFM por disseminação de pesquisa falsa apenas reforça a gravidade do ato e expõe o padrão de conduta dúbio da chapa de Poli. Já Cléber também adota essas estratégias, com ambas as campanhas condenadas pelo uso irregular de “perfurates” em veículos, acima do tamanho permitido. No entanto, a decisão da comissão eleitoral para a retirada de circulação dos adesivos não alcançou o impacto esperado: os adesivos seguem expostos em diversos carros, ignorando a sentença e perpetuando o desrespeito à decisão judicial.
Para piorar, Poli mantém uma proximidade alarmante com advogados de práticas duvidosas, que ignoram a lei e adotam comportamentos que remetem ao ambiente do crime. O conjunto dessas ações lança uma sombra sobre os valores que ambos os candidatos poderiam trazer à OAB-DF, transformando o processo eleitoral em um espetáculo de ilegalidades recorrentes.
Poli e Cléber, ao transgredirem sistematicamente as regras, questionam a própria essência ética e legalista que deveria caracterizar uma instituição como a OAB. Assim, suas campanhas, longe de serem exemplos de liderança, parecem ensinar que o jogo sujo vale mais do que o compromisso com a lei e a integridade profissional.