A deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania) causou forte repercussão ao afirmar, em entrevista à TV Globo, que teria havido exigência de “teste do sofá” para que mulheres permanecessem em um gabinete da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A fala, interpretada como denúncia de assédio sexual institucional, gerou indignação entre servidoras e parlamentares.
Servidoras mencionadas de forma indireta reagiram com veemência, classificando a declaração como irresponsável e difamatória. Elas anunciaram que pretendem acionar judicialmente a deputada, exigindo provas concretas da acusação. Em nota, defenderam seu direito a um ambiente de trabalho livre de difamação e assédio moral.
A crise se intensificou e já atinge a imagem institucional da CLDF. A Casa pode abrir processo no Conselho de Ética para apurar a conduta da parlamentar. Caso as declarações não sejam comprovadas, Paula Belmonte poderá ser responsabilizada por quebra de decoro parlamentar, com punições que vão de advertência à cassação do mandato.
Diante da grande repercussão, pessoas próximas à deputada já cogitam que ela possa entrar com atestado médico, o que resultaria em afastamento temporário de suas funções. A medida, segundo aliados, seria uma forma de preservar sua saúde emocional e evitar maior exposição em meio à crise.
Especialistas reforçam que, apesar da imunidade parlamentar, denúncias públicas exigem responsabilidade e provas. Acusações sem respaldo podem configurar difamação, assédio moral institucional e outras implicações jurídicas.
Até o momento, Paula Belmonte não apresentou evidências que sustentem sua fala. Sua equipe também não confirmou se houve denúncia formal junto ao Ministério Público. O episódio reforça a necessidade de seriedade ao tratar de pautas como o assédio sexual, que exigem apuração rigorosa e responsabilidade pública.