Magno argumenta que há recurso para reajuste de professores
Jorge Vianna citou que docentes do DF têm ‘um dos piores salários do Brasil’
Em greve desde o último dia 2, os professores da rede pública do DF optaram por manter a paralisação por tempo indeterminado nesta terça-feira (10). Os deputados distritais repercutiram o assunto na sessão ordinária de hoje da Câmara Legislativa.
“Hoje a cidade parou, os professores ocuparam uma pista em frente ao Palácio do Buriti. A culpa do caos do trânsito é do governador, que até agora não se dispôs a abrir uma negociação com essa categoria”, analisou Gabriel Magno (PT), que preside a Comissão de Educação da Casa. O distrital disse que o próprio governo revela em veículos de comunicação próprios que há espaço fiscal para o reajuste. Nesse sentido, citou o site da Secretaria de Economia, que, segundo afirmou, sinaliza cerca de R$ 3 bilhões de margem fiscal para gastos com servidores. “A proposta da Educação custa 1,5 bilhão. Tem dinheiro, quem não quer resolver a greve é o governador”, concluiu.
Para Chico Vigilante (PT), a categoria deveria ser tratada com dignidade, uma vez que “todas as profissões começam com o ensino ministrado nas escolas”. O também petista Ricardo Vale relatou que participou da assembleia de hoje e que os professores estão “aflitos” com a falta de abertura para negociação.
Da tribuna, o deputado Jorge Vianna (PSD) contextualizou a carreira em um cenário nacional. “Os professores do DF têm um dos piores salários do Brasil. Infelizmente, ao longo dos anos, não conseguiram uma reposição considerável como outras carreiras”, lamentou ao se colocar à disposição para apoiar o movimento.