Numa época em que as crianças estão cada vez mais expostas a telas digitais, uma exposição que será aberta nesta terça-feira (14), às 16h30, no Foyer do Plenário da Câmara Legislativa, pretende “inverter” o papel de meras espectadoras que tem sido atribuído a elas. A mostra intitulada “Infância em Tela” apresenta cerca de vinte pinturas realizadas por meninos e meninas.

A ideia da mostra, que é apoiada pelo gabinete da deputada Paula Belmonte (Cidadania), surgiu durante uma colônia de férias, com o objetivo de levar as crianças a “fugirem da tela” e resgatar o contato com a natureza, a memória e a preservação. Junto com o professor Fernando Aquino, responsável pela curadoria, o projeto tomou forma.

Para Helena Mazzaro Peres de Saboya, idealizadora do evento, “mais do que uma exposição artística, ‘Infância em Tela’ é um convite a enxergar a cidade e o mundo pelos olhos dos pequenos”. Salientando ainda que “Brasília foi sonhada como um espaço de liberdade. Um lugar onde cidade e infância se encontram, lembrando que nosso futuro depende do cuidado com quem cresce nela”.

Na avaliaçao da deputada, “quando incentivamos as crianças a expressarem o que sentem e pensam sobre o mundo, estamos cultivando nelas o amor, o respeito e a responsabilidade pelo futuro”. Paula Belmonte considera a infância o nosso ponto de partida, quando se trata do cuidado com a cidade, as memórias e as pessoas.

Suriname em cores

“Infância em Tela”, que permanece exposta até 31 de outubro, vem se juntar a quatro outras mostras atualmente em cartaz na CLDF. No Espaço Cultural Athos Bulcão, a exposição “Suriname – Liberdade em Cor” apresenta imagens da fotógrafa Claudia Godoy para comemorar o 50º aniversário da Independência da República do Suriname, celebrado no dia 25 de novembro. 

“É um país onde pessoas de diferentes origens – povos indígenas, descendentes da Europa, da África, da China, da Indonésia e da Índia – vivem em paz lado a lado, independentemente da cor e da fé”, segundo a embaixadora do Suriname no Brasil, Angeladebie Ramkisoen. “É um lugar incrível com singularidades que merecem destaque: a diversidade do povo, a influência holandesa e a descoberta da riqueza do petróleo”, completa Claudia Godoy.

Mais exposições

Por sua vez, “Brasília é um Templo”, no hall de entrada da CLDF, traz cenas de religiosidade ecumênica registradas pelos fotógrafos do grupo Galera do DIS – Diário de Inclusão Social, formado por pessoas com deficiência intelectual. Enquanto a coletiva “Tempo, Vida e Arte” reúne, na Galeria Espelho D’Água, esculturas e pinturas em técnicas variadas de autoria de três dezenas de artistas, entre os quais, Tarcísio Viriato, Lourenço de Bem e Toninho de Souza.

Também seguem expostos, no Foyer do Plenário, os painéis da mostra “A Jornada” que contêm imagens e depoimentos que refletem as trajetórias de 14 mulheres e de um homem diagnosticados com câncer de mama. Realizada pela Recomeçar – Associação das Mulheres Mastectomizadas de Brasília, a iniciativa divulga informações e fortalece as recomendações do Ministério da Saúde para o diagnóstico precoce e a prevenção da doença.