A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 15ª DP, deflagrou na manhã de quarta-feira (6) a Operação Tíngdiàn. A ação resultou na resultou na prisão em flagrante de um homem de 33 anos, gerente de uma choperia, localizada em Ceilândia Norte.
A ação teve início após denúncias da concessionária de energia, que constatou irregularidades no consumo elétrico do estabelecimento. Em dezembro de 2024, durante fiscalização de rotina, foi detectada a adulteração do medidor de energia, que apresentava valores muito abaixo da média real de consumo: cerca de R$ 3 mil, quando o valor estimado girava em torno de R$ 15 mil. Após a substituição do medidor, o proprietário, 55, solicitou o desligamento da unidade consumidora, o que normalmente ocorre em casos de mudança de local ou encerramento das atividades.
Na última segunda-feira (5), nova vistoria apontou que, mesmo com o desligamento formal, o estabelecimento continuava utilizando energia elétrica sem qualquer vínculo regular, o que impossibilitava a cobrança do consumo. Após contato com o proprietário, foi acordado que ele apresentaria documentos para regularização no dia seguinte, o que não ocorreu. Diante disso, a Neoenergia, na presença do gerente do estabelecimento comercial, realizou o corte físico da energia e a retirada do medidor.
Apenas uma hora após o corte, os técnicos constataram que o restaurante havia voltado a funcionar normalmente. Diante da constatação, uma operação conjunta com a equipe policial da 15ª DP foi organizada para o dia seguinte. Na manhã de quarta-feira, policiais civis e técnicos da concessionária compareceram ao local e identificaram uma ligação irregular (gato) diretamente entre a rede elétrica e o ramal de entrada do imóvel.
O proprietário do restaurante não estava no local, mas o gerente acompanhou a inspeção e admitiu que a ligação clandestina fora determinada pelo proprietário, ainda no dia anterior. O gerente foi preso em flagrante pelo crime de furto de energia qualificado e conduzido à delegacia para a adoção das medidas legais cabíveis. O proprietário não foi localizado, mas foi formalmente indiciado e irá responder pelo mesmo crime.O prejuízo estimado é de aproximadamente R$ 112 mil considerando o consumo não faturado ao longo de oito meses.
Consta contra o proprietário do estabelecimento outra investigação de furto de energia relacionada a um restaurante situado em Vicente Pires. A apuração investigação esta a cargo da 38ª DP. Após a formalização dos procedimentos legais, o gerente foi encaminhado à carceragem da PCDF. A pena prevista pelo crime de furto qualificado de energia é de 2 a 8 anos de prisão e multa
A operação foi batizada de Tíngdiàn (tradução livre do termo “Blackout” em chinês), em alusão ao corte da energia elétrica diante do furto e à tentativa frustrada dos responsáveis de manterem o estabelecimento funcionando por meio de ligações clandestinas.
Assessoria de Comunicação/DGPC
PCDF, excelência na investigação